quinta-feira, 18 de julho de 2013

Patologias de pinturas SEDF 41



PATOLOGIAS DE PINTURAS


LUANA CORREIA ESTÁCIO
RENATA PINHEIRO


RESUMO
A aparência de uma edificação pública é fundamental para uma linguagem pública que caracterize seu uso e função reforçando o estado de conservação e manutenção empregado pela administração pública. Neste aspecto o sistema de pintura de uma edificação tem especial relevância. O estado e as patologias encontrados na pintura de um edifício assumem causas diversas que denotam tanto a conservação e manutenção como problemas mais profundos no sistema construtivo como um todo. Percebe-se que a pintura não tem função apenas decorativa, mas, de proteção e manutenção da estrutura do edifício, sendo seu processo executivo de grande relevância no contexto construtivo. O estudo proposto sugere um aprofundamento nas questões referentes aos sistemas de pintura de edificações públicas no caso a Escola Municipal Adelaide Tavares de Macedo, analisando as patologias, técnicas executivas envolvidas e as soluções e recomendações possíveis que permitam o estabelecimento de critérios técnicos visando à redução de problema construtiva e consequentemente o aumento da vida útil da edificação e requalificação do edifício onde funciona a escola Municipal.

Palavras – chave: Patologias, pinturas.


INTRODUÇÃO

Ao contrário do que possa parecer, a execução de pinturas em edificações é uma operação de grande importância. Além da função meramente decorativa a pintura exerce influência no desempenho e durabilidade das edificações. Tem a capacidade de controlar a luminosidade, isolar termicamente, proteger os revestimentos de argamassa contra o esfarelamento e penetração da umidade e ainda inibir o desenvolvimento de fungos e bolores. A tinta pode reduzir muito os problemas causados no prédio onde funciona a escola Municipal Professora Adelaide Tavares de Macedo aumentando sua vida útil. Diante disso, pode-se entender o processo como uma camada de acabamento de revestimento cujas principais funções são: proteção e decoração. Através da compreensão destas duas funções relacionadas uma à outra, a correta adoção do sistema de pintura deve levar em consideração os pressupostos estéticos e suas características técnicas e funcionais.


Objetivo

Este trabalho é voltado para estudo de um caso patológico real, e os objetivos principais são elaborar o diagnóstico e consequentemente um prognóstico e ou recuperação da patologia. No presente trabalho será estudado o caso de Escola Municipal, a mesma possui em torno 300m2 construída em alvenaria, situado no endereço, Rua 10 numero 63, conjunto Vila Municipal, Bairro Adrianópolis, CEP: 69057-780 , na cidade de Manaus AM, Zona Centro Sul, setor 6, UES: Macrounidade – Centro, Diretrizes p/ intensidade de ocupação – Verticalização,Coeficiente Máximo de Aproveitamento do Terreno – 4,8, Gabarito Máximo da Edificação – 12, Taxa de Ocupação Máxima – 50%, Afastamento Mínimo Frontal de Fundos – 0,2 x H, Afastamento Mínimo Laterais – 0,25 x H, Corredor Urbano- Boulevard Amazonas; Darcy Vargas.


ESCOLA MUNICIPAL PROFESSORA ADELAIDE TAVARES DE MACEDO

                 
                  O estudo de caso foi realizado em uma escola da rede municipal de ensino onde existem algumas manifestações patológicas que envolvem a pintura, cujo objetivo é analisa-las e propor possíveis soluções aos problemas encontrados. Atualmente onde a escola funciona é em um prédio particular alugado para a prefeitura, o ensino é 1 a 5 serie, funcionando pela parte da manha e tarde. Escolhe-se a escola por se tratar de uma edificação que possui algumas peculiaridades em relação ao tema abordado.
   A construção do prédio não se sabe, área construída de 300m2 conta com 6 salas de aulas, 2 salas administrativas, banheiros e um pátio.
 No que diz respeito às manifestações patológicas, apresenta-se um tanto desgastada pelo tempo, bastante suja pelo uso intenso, e com algumas imperfeições no substrato, e apresenta, em alguns pontos, manchas devido à infiltração de água na cobertura, e apresentam, entretanto, patologias mais intensas como: bolor ou mofo, descascamentos, eflorescências, etc


Vistoria

  •  A fachada apresenta intensas patologias de pinturas de descascamento e manhas escuras proveniente de mofo.
  • O pátio apresenta bolhas, fissuras, e umidade danificando a pintura e o reboco.
  • Nas salas de aulas a pintura esta bastante comprometida apresentando eflorescência, bolor, fissuras, desagregamento e saponificação.


Anamnese


  • O projeto estrutural e arquitetônico não se obteve informação de quem foi o responsável técnico e o responsável técnico da execução por se tratar de um prédio antigo.
  • Não obtivemos acesso aos projetos, sabemos apenas que o local funciona uma escola municipal e que o prédio é alugado.


Diagnóstico

Os materiais utilizados na obra do prédio foram principalmente argamassas, tijolos, concreto, que apresentam porosidade relativamente elevada, possibilitando o aparecimento de infiltrações de água e umidade nas construções.
Para as patologias identificadas no colégio podemos determinar algumas questões relevantes em relação às prováveis causas. Um conjunto de fatores é determinante neste caso, dentre eles, como mencionado anteriormente pode-se citar a falta de manutenção aliado ao preparo inadequado da superfície, além de uma série de fatores pontuais para cada caso.



Descascamento da pintura em uma das salas de aula
Fonte: Luana e Renata


O exemplo de descascamento demonstrado na figura pode ter decorrido em consequência da diluição inadequada da tinta quando da primeira demão sobre o reboco, ou ainda o excesso de poeira na superfície que não foi devidamente limpa quando da pintura.


Manchas de mofo no muro interno com colégio
Fonte: Luana e Renata


As manchas de mofo sobre a superfície pintada indicado na figura caracterizam a presença de umidade e local apropriado para proliferação deste tipo de patologia. Este problema, no caso do colégio em estudo, manifesta-se principalmente em áreas externas, onde as condições de umidade são favoráveis para proliferação do mofo.
As bolhas são provenientes ou da falta de limpeza da superfície a ser pintada, eliminando a poeira residual que resulta do lixamento da massa, ou quando a tinta de acabamento umedece a película da pintura anterior, provavelmente de má qualidade, ou ainda a aplicação inadequada de massa corrida, ou seja, o uso de massa corrida interna (PVA) em áreas externas, onde deveria ser feito uso de massa acrílica.
O que levou o esse problema é complexo chegar a uma conclusão, pois pode ser problema no produto, erro de execução, falta de um projeto de impermeabilização, entre outros. E para chegar a uma conclusão deveria fazer uma reforma no prédio, mas o dono do prédio e nem a prefeitura tem interesses a reformar.

Prognóstico

A recuperação das patologias encontradas no colégio Adelaide Tavares de Macedo consiste em: No caso de descascamentos e bolhas é necessária à raspagem da superfície até a eliminação total das partes soltas, seguido da aplicação de fundo preparador de paredes, correção das imperfeições com massa corrida ou massa acrílica, dependendo do caso, e aplicação da tinta de acabamento; às manchas de mofo recomenda-se lavar bem a superfície com o uso de escova e água sanitária para posterior pintura da parte afetada; no caso de bolhas; as crateras são corrigidas pela remoção de toda tinta aplicada na área e limpeza com aguarrás para eliminar vestígios de removedor, seguido da pintura de acabamento sobre a superfície.
Em todos os casos é importante seguir a recomendação do fabricante quanto à diluição e numero de demãos a serem aplicadas e também adotar as recomendações da NBR 13245 quanto aos procedimentos de preparação do substrato e aplicação da pintura.
Algumas medidas deveriam ser tomadas nos procedimentos de pintura com o intuito de evitar futuras manifestações patológicas. Percebe-se que em boa parte da pintura, principalmente na área externa, não foi dada atenção necessária ao tratamento do substrato. As imperfeições do reboco deveriam ser corrigidas com massa corrida, e imperfeições mais profundas necessitariam de um retoque com argamassa antes do procedimento de pintura, conforme recomenda a NBR 13245 (1996).


Fotos do Colégio Municipal Tavares de Macedo


Fachada do Prédio onde funciona a escola 
Fonte: Luana e Renata



Fachada do Prédio onde funciona a escola 
Fonte: Luana e Renata



Muro da fachada com desagregação e bolor parte superior. 
Fonte: Luana e Renata



 Muro da fachada com desagregação e bolor parte inferior.
 Fonte: Luana e Renata



 
Porta principal da escola com eflorescência 
Fonte: Luana e Renata



Parede Externa do pátio com desagregação, manhas e 
                               saponificação. Fonte: Luana e Renata                                      
   


Parede interna do pátio suja, com manchas e trincas.
 Fonte: Luana e Renata


 Área do bebedouro com varias manifestações de patologias,
 saponificação, descascamento, eflorescência, e outras.
 Fonte: Luana e Renata


Parede interna da sala de aula com bolor, bolhas e eflorescência.
 Fonte: Luana e Renata


Sala de aula com diversas manifestações de  patologias na pintura.
 Fonte: Luana e Renata


Pátio onde ocorrem as aulas de informática com intensas
patologias de pintura. Fonte: Luana e Renata



CONCLUSÃO

Através dos estudos de caso analisados neste trabalho, observou-se que as principais manifestações patológicas nos sistemas de pintura têm suas origens principalmente, no planejamento e na execução das atividades.
No caso específico de pinturas, percebe-se que as patologias podem ser evitadas por ações anteriores à pintura propriamente dita, ou seja, havendo postura adequada na tomada de decisão quanto ao tratamento da superfície e adequação ao sistema de pintura a ser empregado, tendo ainda, como relevante à função de proteção de uma tinta, ou de um sistema, boa parte das manifestações patológicas seriam evitadas. Então, no planejamento de uma edificação é necessário, portanto, definir medidas preventivas e não medidas de recuperação, pois, neste caso admite-se de antemão a incidências de patologias que o dono em a prefeitura toma partido para corrigi-las.
A escola funciona normalmente, infelizmente as condições de estudo é ruim, pois o prédio não tem estruturas para uma escola e possui intensas patologias.

    

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

·         Site da prefeitura: www.manaus.am.gov.br/
·         Plano diretor
·         Google: www.google.com.br
·        Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 13245: Execução de pinturas em edificações não industriais.
·         Associação Brasileira De Normas Técnicas. NBR 11702: Tintas para edificações não industriais.



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